domingo, 30 de junho de 2013

Cadê a seleção Espanhola?

Brasil avassalador impõe 3 a 0 e é campeão da Copa das Confederações

O Brasil é tetracampeão da Copa das Confederações da FIFA 2013! Sem tomar conhecimento do “tic-tac” da seleção espanhola, Neymar, autor de um gol, Fred, que fez dois, e companhia não deram chances à Fúria e aplicaram um inapelável 3 a 0 e levantaram um novíssimo Maracanã lotado. A atual campeã mundial e bi-europeia bem que tentou, mas a aplicação do time de Luiz Felipe Scolari na marcação, unida a um futebol “pra frente”, alegre, acabaram com a invencibilidade de 29 jogos do considerado “melhor time do mundo” – levando em conta as partidas oficiais.
O primeiro tempo foi avassalador. Logo aos 2 minutos, após cruzamento de Hulk pela direita, Fred, caído, dividiu com o goleiro Iker Casillas e mandou para o fundo da rede. Foi uma explosão no Maior do Mundo. O camisa 9, meio desnorteado, correu para a arquibancada e festejou com a torcida.

A partir daí, a Espanha tentou sair para o jogo, mas não conseguia impor seu futebol. Só dava Brasil. Aos 13 minutos, o volante Paulinho tentou encobrir o goleiro espanhol da entrada da área, mas Casillas estava atendo. Aos 24, Fred recebeu na área e bateu cruzado, mas o chute saiu fraco e foi para fora. Em outro lance claro de gol, já aos 31, Fred recebeu mais um lindo passe de Neymar, ficando cara a cara com o camisa 1 da Fúria, que fechou bem o ângulo.

Aos 40 minutos, em um dos poucos lances perigosos da Espanha, Mata achou Pedro sozinho e o deixou na cara do gol. O atacante concluiu bem, tirando de Julio César, mas David Luiz estava lá e espetacularmente salvou o gol certo em cima da linha.

Na marca de 44 minutos da primeira etapa, um golaço: Neymar tabelou com Oscar e soltou uma bomba de perna esquerda. O camisa 10 foi outro a correr para a torcida. O detalhe ficou para a perspicácia de Neymar, que estava impedido e conseguiu sair da posição irregular para receber o passe.

Aos 2  minutos do segundo tempo, o  segundo de Fred
                                             
O segundo tempo começou e o ritmo do Brasil foi o mesmo. Muitos torcedores ainda não haviam voltado do intervalo quando Hulk passou para Neymar que, inteligentemente, fez o corta-luz para Fred marcar o segundo gol dele no jogo. Novamente aos dois minutos e novamente ele correu para comemorar com o público. O atacante, que disse que marcaria gols em todas as partidas da Copa das Confederações, fez jus a promessa e guardou 5 tentos. Média de um por jogo.

Quando o relógio marcava 9 minutos, a torcida já gritava “Olé!”. Foi o momento em que Navas, que entrou no lugar de Mata, foi derrubado dentro da área por Marcelo. Pênalti. Os torcedores passaram a gritar “Ah, é Júlio César!”, mas nem foi preciso que o goleiro brasileiro interviesse. Sérgio Ramos foi quem correu para a bola e mandou para fora.

O mesmo Marcelo foi fominha e deixou de passar para Fred aos 18 minutos após nova enfiada açucarada de Neymar. O camisa 6 tentou surpreender Casillas e mandou na rede, pelo lado de fora.

Aos 22, Piqué, o namorado de Shakira, foi para o chuveiro mais cedo ao expulso após derrubar o futuro companheiro de Barcelona, Neymar, por traz quando o jogador ia em direção ao gol.


Ainda assim, a Roja tentou reagir, mas no gol estava Júlio César. Aos 35 e 40 minutos, o goleiro brasileiro fez duas defesas fundamentais para o resultado.

Não houve jeito. Era dia de Brasil.


Fonte: Rádio Globo

Itália sem balotelli e Pirlo fica com o Terceiro lugar

Depois de empate no tempo normal, Itália derrota Uruguai nos pênaltis e fica com o terceiro lugar


Era a disputa do terceiro lugar da Copa das Confederações. No campo da Arena Fonte Nova, em Salvador, Itália e Uruguai.  Apesar de não valer título, as equipes entraram motivadas e usaram a partida para se acertar visando os duelos decisivos das eliminatórias da Copa do Mundo no segundo semestre.

Quem teve a primeira boa chance foi Chiellini que cabeceou após a cobrança de falta, e a bola passou perto da trave.

Forlán respondeu. Em cobrança de falta, o uruguaio mandou direto para o gol, mas Buffon fez a defesa.

Chance lá, chance cá. De Sciglio cruzou da esquerda. Candreva bateu de primeira, mas o chute não saiu forte e Muslera afastou sem sustos.

Das arquibancadas o torcedor não havia escolhido para quem torcer e cantava, "Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor".

Em campo, a Itália usou a "preciosidade" para abrir o placar. Na falta cobrada pela meia direita por Diamanti, a bola bateu na trave, voltou e ainda pegou nas costas de Muslera, que esperava cruzamento. Astori chegou a tocar na bola, mas a FIFA havia dado gol para Diamanti. No entanto, a entidade voltou atrás e anotou para Astori.


O Uruguai queria o empate e chegou a balançar as redes depois do cruzamento de Forlán, Cavani cabeceou, mas já estava impedido.

Aí Cavani insistiu. Ele chutou e acabou bloqueado por Astori. Na sobra, Forlán foi quem tentou, mas o chute saiu fraco de novo e Buffon pegou.

A equipe uruguaia insistia, Maxi Pereira recebeu de Cavani, girou e chutou. Buffon saltou no cantinho e espalmou.

No duelo, Buffon e Forlán, o goleiro dominava. O atacante mandou outra de fora e Buffon mais uma vez estava atento.

No primeiro tempo ainda teve polêmica. Chiellini se atrapalhou, chutou a bola no próprio braço, dentro da área. O Uruguai pediu pênalti, mas o árbitro mandou seguir.

No segundo tempo, a Itália já demonstrava um certo cansaço e o Uruguai aproveitou para empatar. Suárez rolou para Cavani, que chutou cruzado, rasteiro, no canto esquerdo de Buffon. 1 a 1.

No primeiro confronto Forlán x Buffon, da segunda etapa, Forlán chutou e o goleirão defendeu, a bola voltou e o uruguaio mais uma vez tentou completar à queima-roupa, mas não deu. Buffon salvou as duas vezes.

A Itália, apesar de cansada, respondeu com brilho. Diamanti cobrou falta e ampliou 2 a 1.

O Uruguai não se intimidou, Cavani não se intimidou. O atacante cobrou falta, a bola encobriu a barreira e Buffon não alcançou. 2 a 2.





O empate levou a partida para a prorrogação. Faltava perna, mas não faltava vontade.

No reinício do jogo, o Uruguai se mostrou mais bem preparado fisicamente. Suárez e Chiellini arriscaram algumas arrancadas, mas sem produtividade.

Nos últimos 15 minutos da prorrogação, ninguém queria se arriscar. O Uruguai chegou a pressionar com Suárez e Gargano, que perderam as últimas chances. Com a permanência do empate, a partida acabou indo para os pênaltis.

Forlán abriu a série, mas bateu mal e o chute parou nas penas de Buffon. Na sequência, Aquilani, Cavani, El Shaarawy e Suárez converteram. De Sciglio errou, mas o goleiro italiano salvou novamente nos chutes de Cáceres e Gargano. Melhor para a Azurra, que festejou no Maracanã.











Fonte: Rádio Globo

Estádio Olímpico João Havelage

Há seis anos, Botafogo vencia Flu na inauguração do Engenhão: 2 a 1




 Cercado de polêmicas desde antes de sua inauguração, o Estádio Olímpico João Havelange, erguido para o Pan-Americano de 2007, completa seis anos de existência neste dia 30 de junho de 2013. Orçado em R$ 380 milhões - custo que estourou em até seis vezes o previsto inicialmente -, o Engenhão recebeu o clássico vovô em sua primeira partida oficial. O Botafogo, que ainda não era o concessionário do estádio, venceu o Fluminense de virada pelo Campeonato Brasileiro - dois gols de Dodô e um de Alex Dias para os tricolores, o primeiro a balançar as redes no Engenhão.

Interditado após um laudo alemão apontar risco de colapso do teto de estrutura metálica do estádio, o Engenhão começa a receber obras para reforço e manutenção a partir desta segunda-feira. Após confronto, versões e críticas de engenheiros brasileiros, canadenses, ingleses e alemães, a prefeitura decidiu intervir e paralisar o uso do Engenhão, que ainda deve passar por novas intervenções para receber os Jogos Olímpicos de 2016.


Em seis anos de história, o Fluminense foi o time que mais deu volta olímpica no estádio, que pertence ao Botafogo desde setembro de 2010 - em concessão de 20 anos. Foram três títulos: Brasileiro de 2010 (o primeiro título do Engenhão), Carioca de 2011 e Brasileiro de 2012 (quando o Tricolor perdeu para o Vasco por 2 a 1 e, mesmo assim, comemorou o título nacional). Flamengo e Botafogo venceram um Carioca cada (2011 e 2013, respectivamente), enquanto o Vasco é o único dos quatro grandes que não foi campeão ainda no estádio.

No jogo inaugural, Botafogo 2 x 1 Fluminense receberam o maior público da história do estádio. Segundo dados do Botafogo, 40 mil pessoas pagaram para assistir à virada alvinegra, com 43.810 presentes. Relembre os jogadores e mais detalhes da primeira partida do polêmico estádio João Havelange.





Ficha técnica: Botafogo 2 x 1 Fluminense

Data: 30/06/2007 – Horário: 18h10min (de Brasília)
Competição: Campeonato Brasileiro
Árbitro: Evandro Rogério Roman (PR)
Assistentes: Gílson Bento Coutinho (PR) e José Amílson Pontarolo (PR)
Renda e público: R$ 600.000,00 / 40.000 pagantes / 43.810 presentesCartões amarelos: Renato Silva, Luciano Almeida e Lucio Flavio (BOT); Arouca, Carlinhos e Carlos Alberto (FLU); Cartões vermelhos: Joílson 38'/2ºT (BOT) e Cícero 29'/2ºT (FLU)Gols: Alex Dias 27'/1ºT (0-1) e Dodô 6'/2ºT (1-1) e 33'/2ºT (2-1)

BOTAFOGO: Julio César, Joílson, Alex, Juninho e Luciano Almeida (Renato Silva); Leandro Guerreiro, Túlio (Diguinho), Lucio Flavio e Ricardinho (André Lima); Zé Roberto e Dodô - Técnico: Cuca.


FLUMINENSE: Fernando Henrique, Carlinhos, Thiago Silva, Roger e Júnior César; Romeu, Arouca (Cícero), Maurício e Carlos Alberto; Alex Dias (Rodrigo Tiuí) e Adriano Magrão (Somália) - Técnico: Renato Gaúcho.

Elio Gaspari

A passeata de 1968 foi o fim de um ciclo, por Elio Gaspari 


Na semana passada, enquanto as multidões continuavam nas ruas, ecoou a memória da Passeata dos Cem Mil, de 26 de junho de 1968. A geração daqueles dias, com sua magnífica experiência, atribuiu-se uma capacidade de explicar o presente fazendo paralelos com o que viveu. Assim, além de não se explicar o presente, frequentemente muda-se o passado.

No dia 26 de junho de 1968, aconteceram duas coisas. Às 4h30m da madrugada, o soldado Mario Kozel Filho, de 18 anos, estava na guarita de sentinela do QG do II Exército, no Parque do Ibirapuera, e viu uma caminhonete C-14 vindo em direção ao portão do quartel.

Desgovernada, ela parou num muro. O soldado foi ver o que era, e a C-14, com 50 quilos de dinamite, explodiu e matou-o. Horas depois, numa bela tarde do Rio, a passeata saiu pela avenida.

Contavam-se nos dedos as pessoas que gritavam “O povo unido jamais será vencido” dando importância à Vanguarda Popular Revolucionária, que explodira a bomba no Ibirapuera.

Seis meses depois, o governo baixou o AI-5, ninguém foi para a rua, e o Brasil entrou no seu pior período ditatorial. Não foi a passeata que levou a isso. Ela era o fim de um ciclo. A bomba e o interesse do governo em subverter a precária ordem constitucional da época foram o início de outro.


Festejando-se a memória da passeata, varreu-se para baixo do tapete a lembrança de um erro catastrófico. Passaram-se 45 anos, e centenas de pessoas que participaram de atos terroristas maquiaram-se como combatentes da causa democrática. Lutavam contra uma ditadura, em busca de outra, delas.

É o caso de se perguntar: o que é que isso tem a ver com o que está acontecendo no Brasil de hoje? Nada.

O professor Pedro Malan já disse que no Brasil não só o futuro é imprevisível, mas também o passado.

O sumiço da bomba do Ibirapuera na memória do 26 de junho de 1968 mostra que ele tem razão. Quem queria golpear a democracia? Cada um tem direito a responder como bem entender.

O que não se pode é achar que há 45 anos tanto o marechal Costa e Silva como os tripulantes do comboio que levou a bomba ao QG do Ibirapuera quisessem defendê-la.

Elio Gaspari, O Globo

sábado, 29 de junho de 2013

Fim da Era Luxemburgo


Vanderlei Luxemburgo deixa o Grêmio após 91 jogos no comando do time


Contratado no início de 2012, Vanderlei Luxemburgo deixa o Grêmio após comandar a equipe tricolor por 91 jogos. Além da ausência de títulos, o treinador teve uma campanha discreta, somando 52 vitórias, 21 empates e 18 derrotas. um aproveitamento de 64,84%. 

A saída do técnico foi anunciada na manhã deste sábado, durante jogo-treino entre Grêmio e Caxias, no Estádio Olímpico. A ausência do treinador na partida já havia causado estranheza e chamado a atenção dos jornalistas que transmitiam o jogo. 

Segundo o diretor executivo de futebol do Grêmio, Rui Costa, a decisão de demitir Luxemburgo foi tomada na noite de sexta-feira, mais de duas semanas após a última partida oficial do clube, quando o time empatou em 1 a 1 com o São Paulo, na Arena, pelo Campeonato Brasileiro.

Botafogo x Fluminense - Local definido


Clássico Vovô pelo Campeonato Brasileiro será disputado na Itaipava Arena Pernambuco


O clássico entre Botafogo e Fluminense, válido pela 6ª rodada do Campeonato Brasileiro, está confirmado para a Itaipava Arena Pernambuco, recém-inaugurada em amistoso e utilizada na Copa das Confederações. O jogo será disputado no dia 7 de julho, domingo.

O presidente do Botafogo, Mauricio Assumpção, explicou os motivos da mudança ao Site Oficial.

NOVO LOCAL

"É com satisfação que o Botafogo anuncia oficialmente que o clássico contra o Fluminense, pela primeira rodada pós-Copa das Confederações, será na Itaipava Arena Pernambuco. Quero frisar a importância de Náutico e Ponte Preta neste processo, porque deram a anuência para o jogo deles, que estava marcado previamente para o dia 7, ir para o dia 6. Falei pessoalmente com o presidente do Náutico e a acolhida foi a maior possível. Deixo o agradecimento formal aos dois clubes. É importante salientar também o entendimento entre as federações (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro e Federação Pernambucana de Futebol), fundamental para a realização do jogo. E, por último, enalteço a questão do acerto com o gestor da Itaipava Arena Pernambuco, que entendeu a importância deste jogo lá, o que facilitou a negociação".



COMO FOI O ACORDO


"A negociação com os gestores da Itaipava Arena Pernambuco foi muito tranquila. Por parte do Botafogo, o diretor executivo Sergio Landau esteve à frente, foram apenas três dias para fechar o acordo. Eles demonstraram uma capacidade importante. O principal foi o entendimento que tiveram da relevância do jogo, contribuíram muito nesse processo. A Ferj, por meio de seu presidente Rubens Lopes, na cerimônia de hasteamento da bandeira do Botafogo campeão carioca, já havia se comprometido a dar todo o apoio, demonstrando sensibilidade com a situação".

CONVERSA COM O FLUMINENSE


"Existe um acordo entre Botafogo e Fluminense da forma como o jogo vai ser realizado. Conversei diretamente com o presidente Peter Siemsen, até porque vamos ter o jogo de volta, que será com reciprocidade em questões da logística".

TORCIDA FORA DO RIO


"Outro fator importante que temos que mencionar é a participação do Botafogo em outros estados. Com a interdição do Estádio Olímpico João Havelange, a maioria dos nossos jogos tem sido em Volta Redonda. Entretanto, 45% da nossa torcida está fora do Rio de Janeiro. É uma forma de prestigiar esse torcedor. Os estados do Nordeste têm um clamor muito grande da torcida do Botafogo. O jogo lá com certeza vai ter bom público. Já recebi ligações de torcedores de Pernambuco, João Pessoa e Maceió confirmando presença antes mesmo de abrirmos a venda de ingressos".

MUDANÇA EM OUTROS JOGOS


"Nós já estamos negociando alguns jogos. E podemos dizer que, em função destas conversas, é muito provável termos jogos em Brasília também. Neste momento, é muito importante a realização desse jogo  com o Fluminense fora do estado do Rio de Janeiro porque, infelizmente, com o fechamento do Estádio Olímpico João Havelange, a situação do Botafogo ficou muito complicada no Rio. Um estádio para receber a nossa torcida, com a capacidade dela, não é fácil de encontrar. Estamos perdendo receitas importantes e uma das formas de obtermos novas receitas é jogando em locais como a Itaipava Arena Pernambuco, que é nova e no Nordeste, onde há um grande contingente de torcedores botafoguenses".



Fonte:Botafogo
Por: Danilo Santos



sexta-feira, 28 de junho de 2013

Exemplo de Cidadão Brasileiro


Juiz aposentado do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Silvio Mota, enfrentou a Polícia em protesto em Fortaleza.

Silvio Mota Juiz Aposentado enfrentou a Polícia em protesto em Fortaleza. Foto: Agência Reuters

Depoimento de SILVIO MOTA, juiz federal aposentado, ex-militante da ALN, exilado, anistiado, atualmente coordenador do Comitê Verdade Memória e Justiça do Ceará. A foto é do momento narrado abaixo, quando Mota enfrentou o Choque de Cid Gomes.

"Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor!" Era isso que eu ia cantando quando avancei contra a PM do Sr. Cid Gomes. Por que avancei?

Em primeiro lugar, porque a polícia não se manteve nas barreiras e avançou para acabar com a manifestação. Uma manifestação pacífica, de cara limpa, em que tremulavam bandeiras dos movimentos sociais e até de partidos políticos.

Silvio Mota Juiz Aposentado enfrentou a Polícia em protesto em Fortaleza. Foto: Evilázio Bezerra O POVO.

Não é verdade que os manifestantes provocaram o enfrentamento.

A PM do Ceará mentiu, e a Rede Globo também.

A maior manipulação da Globo foi a de não seguir a linha do tempo, e apresentar imagens do final do conflito sem nada dizer das horas de bombardeio que sofremos.

Tenho 68 anos e limitações de locomoção, e estava sentado quando eu e minha esposa, também com 68 anos, fomos atingidos por artefatos de gás lacrimogênio. 

Silvio Mota Juiz Aposentado enfrentou a Polícia em protesto em Fortaleza. Foto: Evilázio Bezerra O POVO.

Estávamos longe da barreira, com vários trabalhadores, professores universitários, profissionais da saúde, e até militantes das Pastorais da Igreja Católica.

Minha esposa foi levada por jovens manifestantes para longe, a fim de ser tratada dos efeitos do gás. Eu fiquei, inclusive porque peso mais de 100 quilos. Estava aplicando uma esponjinha molhada de vinagre para poder respirar, mas vi uma jovem tão apavorada que passei minha esponja para ela.

Levantei-me indignado e avancei contra os escudos da barreira, de cara limpa, com a camisa contra a PEC 37. Os PMs ficaram confusos, mas logo avançou um oficial superprotegido por escudos e asseclas que mal podia falar.

Silvio Mota Juiz Aposentado enfrentou a Polícia em protesto em Fortaleza. Foto: Evilázio Bezerra O POVO.

Foi logo dizendo que eu não podia fazer aquilo, mas respondi que estava no meu direito de manifestar-me sem armas. Ele alegou que eu podia ser atingido por pedras, mas nenhuma foi arremessada contra mim. As poucas que havia no chão eram pequenas, e nenhum risco causavam a seus escudos e coletes. Disse-lhe que dispensava sua proteção, pois quem tinha me agredido era ele, e não pedras.

Ele voltou para sua linha de escudos.

Silvio Mota Juiz Aposentado enfrentou a Polícia em protesto em Fortaleza. Foto: Evilázio Bezerra O POVO.

Os jornalistas presentes logo me perguntaram se eu era promotor, e lhes disse que era juiz aposentado e meu nome. Até defendi o plebiscito proposto pela Presidenta Dilma.

O garboso oficial com seus escudos laterais saiu da linha de novo e disse que iria prender-me.

Disse-lhe que não podia fazer isso porque eu era um magistrado vitalício e não estava cometendo nenhum crime. Exibi-lhe minha carteira funcional, e ele disse que não ia me prender, mas que ia prender a um senhor militante do MST que tinha avançado para meu lado para proteger-me e estava usando a camisa do movimento. Disse-lhe então que iria com ele, e na confusão o camponês correu e o garboso oficial não teve coragem de abandonar a linha para persegui-lo.

Silvio Mota Juiz Aposentado enfrentou a Polícia em protesto em Fortaleza. Foto: Evilázio Bezerra O POVO.
Dei-lhe as costas e voltei para a meninada, que já estava mais calma, mas então ele teve coragem de mandar dísparar pelos menos cinco artefatos de gás nas minhas costas. Os meninos apagaram quatro deles em baldes de água, e um quinto me atingiu no meio das costas. Caiu no chão e chutei para o lado. É bom saber: nunca dê as costas para uma hiena.

Depois de voltar para a manifestação encontrei minha mulher, ficamos ainda algum tempo aguentando gás lançado contra nós sem motivo, em trajetórias de longo alcance e ainda deu tempo para sair com nosso carro e almoçarmos em um restaurante (o que tinha que fazer com urgência, pois já eram duas da tarde e sou diabético).

Só então tivemos notícias dos confrontos mostrados nas imagens da Globo, por celular.

Sílvio Mota
Magistrado Federal

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Campeonato Cearense 2ª divisão


Quixadá vence o Itapipoca no primeiro jogo da decisão, no Perilão




Com direito a ótimo público no Estádio Perilão, o Quixadá venceu o Itapipoca por 1 a 0, na noite desta quarta-feira (26), na primeira partida da decisão da Série B do Campeonato Cearense, no município de Itapipoca. O gol da vitória foi marcado por Airton Júnior, de cabeça, aos 18 minutos da etapa complementar. O segundo jogo da final ocorrerá no próximo sábado (29), às 15h45m, no Estádio Abilhão, em Quixadá.

O primeiro tempo foi movimentado, mas com raras chances de gol para as duas equipes. O primeiro lance de perigo foi do Itapipoca aos 14 minutos, quando Thalison chutou forte, mas Adson fez a defesa. Aos 23, o Itapipoca assustou novamente o adversário. Em tentativa de cabeça do zagueiro Igor, Adson salvou o Quixadá novamente.

Somente ao 36, o Quixadá respondeu em cobrança de falta. Jonas mandou uma bomba e viu Eufrásio fazer grande defesa. Nos acréscimos, Thalison teve outra boa oportunidade e, também em cobrança de falta, obrigou o goleiro Adson a se esticar para evitar o gol.

No segundo tempo, o Itapipoca voltou com mesmo empenho. Igor chegou com perigo à grande área, mas Jonas afastou. Apesar de o Itapipoca incomodar mais, o Quixadá acabou abrindo o placar no Perilão, aos 18 minutos. Felipe levantou pela esquerda para Airton Júnior, que, de cabeça, não deu chances para o goleiro Eufrásio.

Aos 36, o Itapioca quase empata com Cleyton de cabeça. A bola passou muito perto do gol de Adson, levantando o público do Perilão. Nos minutos finais, o Itapipoca voltou a pressionar, mas o resultado não se modificou até o apito final. Itapipoca e Quixadá já estão classificados para a primeira divisão do Cearense do próximo ano.

Fonte: GLOBOESPORTE.COM/CE

Ele Fica!

Botafogo segura Dória e vai comprar mais 20% dos direitos !

Zagueiro foi Campeão pela Seleção Brasileira no Torneio de Toulon na França.

Alívio para a torcida alvinegra. Depois de receber inúmeras propostas para deixar o Botafogo já no ano passado, o zagueiro Dória deverá ficar no clube por mais um tempo. Uma reunião marcada para esta quinta-feira selará a compra de 20% dos direitos econômicos do jogador, que pertencem ao Banco BMG, por 1,6 milhão de euros (cerca de R$ 4,5 milhões).

Assim, o Glorioso ficará com 60% da promessa de apenas 18 anos. Os outros 40% pertencem ao grupo de empresários que gerencia a carreira de Dória.

A oferta alvinegra teve de ser feita às pressas, pois o BMG ofereceu oito milhões de euros (cerca de R$ 23 milhões de reais) – valor referente à multa rescisória de Dória – para ter a totalidade dos direitos econômicos do camisa 21. A ideia do BMG era colocá-lo no Porto (POR), clube que possui uma parceria com o banco.

Dória Jovem Zagueiro Titular absoluto do Botafogo
Entretanto, uma cláusula no contrato do jogador diz que, em caso de proposta no valor da multa, o Botafogo teria a opção de igualar o montante oferecido para manter o zagueiro. Como a oferta foi feita por um dos parceiros na divisão dos direitos econômicos de Dória, bastaria ao clube comprar a parte pertencente ao BMG.

De acordo com Fernando Pinto Ferreira, diretor da Pluri Consultoria, em pouco tempo, Dória pode chegar a valer até 18 milhões de euros. Bem mais do que o dobro da atual avaliação da empresa de consultoria: 6,7 milhões de euros:


- Quanto mais você segurar o jovem talento brasileiro, mais você vai ganhar dinheiro – profetiza o profissional.

Desde o returno do Campeonato Brasileiro do ano passado, quando Dória se firmou como titular e despertou atenção de gigantes da Europa, a diretoria do clube da Estrela Solitária bateu o pé e recusou todo o tipo de proposta, acreditando em sua valorização. A estratégia se mostra cada vez mais acertada.

ALVINEGRO QUER RESOLVER LOGO

Doria Recebendo o Premio de melhor jogador


A reunião desta quinta-feira para tratar sobre a permanência de Dória será entre o empresário do zagueiro, Jolden Vergette, e membros da diretoria do Botafogo. Inclusive, a cúpula de futebol entrou em contato com o agente por algumas vezes nesta semana e destacou que queria vê-lo o mais rapidamente possível. Com um bom diálogo, as partes pretendem definir a situação o quanto antes.







Fonte: Lancenet!

terça-feira, 25 de junho de 2013

Reforço para a Série B


Ceará contrata goleiro Jaílson, ex-Oeste, para Série B



Goleiro é um dos reforços para Série B Foto: CearáSC.com

O Ceara anunciou, na tarde desta segunda-feira (24), a contratação do goleiro Jaílson, que estava no Oeste, de São Paulo. O jogador, que já trabalhou nesta manhã, assinou com o Vovô até o fim desta temporada e será apresentado nesta tarde, em Porangabuçu.

- É mais um desafio na carreira e espero obter sucesso, afinal, o Ceará é um grande clube - comentou.



Jaílson tem 31 anos e já passou por clubes como Campinense-PB, Ituano-SP, Americana-SP, Juventude-RS e Guaratinguetá-SP.  Essa é a primeira vez do goleiro no futebol nordestino.

Confira ficha técnica:

Jogador tem 31 anos, nunca atuou no
futebol nordestino. Foto: CearaSC
Nome: Jaílson Marcelino dos Santos.
Apelido: Jaílson.
Posição: Goleiro.
Data de nascimento: 20/07/1981.
Natural de: São José dos Campos/SP.
Peso: 80 kG.
Altura: 1.86m.
Clubes: Campinense/PB, Joseense/SP, Ituano/SP, Americana/SP, Juventude/RS, Guaratinguetá/SP e Oeste/SP.



Cara nova no Botafogo


Botafogo acerta contratação de Dankler, zagueiro do Vitória



Defensor não atua em uma partida oficial desde a Série B do ano passado. O contrato dele com o Botafogo deve ser de três anos


Jovem Zagueiro de 21 anos, ainda tem vínculo com o clube baiano até 14 de julho e só então se apresentará no Rio. Ele chega sem custos Foto: EC Vitória Divulgação

A novela envolvendo o zagueiro Dankler e o Vitória está próximo de chegar ao fim. Com contratado se encerrando no dia 14 de julho, o jogador deve acertar sua ida para o Botafogo. O contrato o jogador com o clube carioca deve ser de três anos.

Treinando separado do elenco desde o ano passado, o defensor de 21 anos tentou negociar sua renovação com clube, mas as duas partes não chegaram a um entendimento. A contratação de Dankler pelo Botafogo faz parte da política do clube carioca de apostar em jogadores jovens que estejam insatisfeitos com seus clubes.

No Botafogo, Dankler terá um grande concorrência. Para o setor, o técnico Oswaldo de Oliveira conta com os jogadores, Bolívar, Dória, Antônio Carlos, André Bahia, Matheus e Rodrigo Defendi.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Aldeia Hippie na Bahia

Alheia à Copa, aldeia hippie na Bahia troca Neymar por jegue "Moleque"
O jegue "Moleque" tem vida boa com a família na vila hippie em Arembepe Foto: Janir Júnior
Por ali não se escuta grito de gol. O canto de centenas de passarinhos é a sinfonia que impera. Naquela grande área entre rio, cachoeira e praia, quem manda não é Neymar, mas sim o jegue “Moleque”.  Uruguaio, Leandro só soube que a seleção do seu país vencera a Nigéria por 2 a 1, nesta quinta-feira, na Fonte Nova, por um acaso. Neste sábado, Brasil e Itália farão, em Salvador, o jogo mais badalado da primeira fase da Copa das Confederações. Enquanto a cidade ferve com a partida, com festejos de São João e protestos, uma aldeia hippie, em Arembepe, município de Camaçari, a 30 quilômetros do Centro de Salvador, segue ao ritmo de paz e amor. Ninguém respira futebol, mas, sim, a maresia do mar e muito verde.

Leandro mora na vila hippie há cinco anos. Chegou do Uruguai, se casou com uma brasileira com quem tem cinco filhos – todos com nomes alternativos - e não se interessa em dizer o sobrenome nem falar de futebol.

- Só soube que o Uruguai ganhou, pois ouvi falar por aí. Eles ganharam, eu não ganhei nada (risos). Essa chuva da Copa passa e não me molha. Para quem ganha dinheiro é um prato cheio. Mas tem turista que vem assistir ao futebol e nem chega por aqui. Fica com medo dos cabeludos e acha que todos dormem pelados juntos – brincou Leandro, com seus longos dreadlocks, enquanto preparava um prato de mingau para o filho.

Atualmente, a população da aldeia de Arembepe é calculada informalmente em 50 pessoas. Isso sem contar os que chegam, ficam por um tempo e somem. A vila hippie, a primeira do Brasil, surgiu em 1970. Nessa época, Janis Joplin passou algumas temporadas na beira da praia e com loucuras que viraram lendas. Caetano Veloso e Gilberto Gil também pousavam pelas areias. Mick Jagger foi outro que se apaixonou pela bucólica região que também tem fama de afrodisíaca.

Tem casal que vem, fica mais tempo do que o previsto e, anos depois, volta com seus filhos que dizem terem sido gerados aqui em Arembepe – contou um dos moradores.

As casas são de madeira, pedra, barro e palha. Os banheiros ficam do lado de fora e têm funcionamento orgânico. Nem todos os moradores têm energia elétrica. Carros não passam do portal da Aldeia, ainda de barro. Depois, o percurso é feito com uma caminhada pela areia. Bem próximo, funciona o Projeto Tamar, que mantém uma de suas principais bases para preservação de tartarugas-marinhas em Arembepe.

Vista da Aldeia Hippie de Arembepe, litoral da Bahia. Foto: Lígia Nogueira G1

Na manhã desta sexta-feira, véspera de Brasil x Itália, um dos filhos de Leandro, Queñoa (que faz menção a uma planta com flor), até disse, sem entusiasmo, que gosta de futebol. Mas não tinha uma bola em casa. Nem esboçou qualquer reação quando ouviu o nome de Neymar. Porém, bastou o jegue de estimação da família aparecer para o menino de sete anos vibrar como se fosse um gol.

- O nome dele é "Moleque". "Moleque"! – afirmou Queñoa, enquanto já montava no bicho, brincava e levava uma mordida sem maior gravidade.

Moleque é mais um integrante da família. Come tapioca no prato sobre a mesa, circula livremente, encosta as longas orelhas na caixa de onde sai o som, derruba um copo de café e “rouba” as ervas separadas pelo patriarca da família para a feitura de um chá.

Mas o jegue em momento algum é repreendido. Mesmo com a pressão de ter feito algo que poderia ser considerado errado, recebe carinho e festa de fazer inveja a Neymar na Seleção.

A irmã de Queñoa, Anahinayá (nome de duas flores), se confunde com a idade, não sabe dizer ao certo se tem 10 ou 11 anos. Está ainda mais desantenada quando o assunto é futebol. Na casa autossustentável da família não tem televisão. A energia elétrica é usada para um rádio ligado em música o tempo todo.
Encantada com simples folhas de um bloco de papel e caneta, ela revela um dos seus gostos.

Uruguaio, Leandro nem quer saber da Celeste: só da família e do jegue "Moleque" Foto: Janir Junior


- Gosto de desenhar – disse Anahinayá, enquanto rabiscava uma mistura de carro e nave espacial.

Artesãos e apoio a protestos espalhados pelo país

Grande parte dos moradores da aldeia hippie trabalha com artesanatos. Os filhos de Leandro aprenderam desde pequeno a fazer costurar em bolsas e talhar cocos que viram suvenires.

Domingues vive na aldeia há 15 anos. Toca violão e não curte muito sair do anonimato. Jarbas Souza foi um dos pioneiros do local. Um dedo de prosa é sempre feito com hospitalidade. Mas o assunto Copa das Confederações passa ao longe. Já as manifestações que assolam o país são debatidas e apoiadas.

- Gastam dinheiro com a Copa, e um dia desses um morador daqui deslocou o ombro e esperou mais de cinco horas no hospital. Tinham que fazer isso no estrangeiro, que é onde está o dinheiro – reclamou um dos vendedores de artesanato postado na entrada da aldeia.

O uruguaio Leandro também se mostra antenado com o momento do Brasil fora das quatro linhas. Apesar do tom de paz e amor, ele exalta a luta pelos direitos:

- Os governantes têm que sentir que o povo não está satisfeito. Tem que protestar mesmo.

Neste sábado, quando Brasil e Itália estiverem no gramado, é pouco provável que se escutem fogos de artifício na aldeia para celebrar a seleção. Caso aconteça, certamente será pelos festejos de São João, que tomam conta de Salvador. Certamente, o resulto do jogo vai aparecer novamente por um acaso, quase assobiado por um vizinho.

Naquele cantinho de Salvador, o ritmo é bem diferente do que vive o país, não só no momento atual, como ao longo do tempo. Muitos turistas e curiosos gostaram da aldeia, se arriscaram a ficar e tentaram virar hippies, contrariando o lema local de que “não existe você virar hippie, tem que nascer assim”.

As crianças são alguns dos exemplos do espírito livre e o desapego ao futebol. Nenhuma delas tem o moicano de Neymar. Mas todas amam o jegue Moleque.


Por: Janir Júnior. Arembepe, Salvador


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