quinta-feira, 19 de março de 2015

Parabéns pra a Rádio 9 de Julho AM 1600

Rádio 9 de Julho comemora 16 anos no ar


Nesta quinta-feira, dia 19 de março, a Rádio 9 de Julho (AM 1.600 kHz - São Paulo/SP), está completando 16 anos de seu retorno ao dial.

Após ter sido lacrada em 1973, na época do Regime Militar, onde permaneceu "calada" por 26 anos, a Rádio 9 de Julho voltou a ser transmitida num dia 19 de março de 1999.

Parabéns à toda equipe atual, hoje dirigida pelo Padre José Renato Ferreira, e à todos os profissionais que contribuíram para que a emissora voltasse a ter grande prestígio em todo o Brasil.

Fonte: Tudo Rádio

Confira a história da emissora.


Histórico O nascimento em 1953 A Rádio 9 de Julho nasceu em 1953 com autorização temporária para preparar e comemorar o 4º Centenário em 1954 da Cidade de São Paulo, fundada por Nóbrega e Anchieta ao redor do Colégio dos Jesuítas. . Tinha a freqüência de 540 kHz para Ondas Médias e 49 metros para Ondas Curtas, com a potência de 10 kilowatts, cobrindo todo o Estado de São Paulo, a maioria dos Estados do Brasil e muitos países latinoamericanos. 

Quando terminaram os festejos do 4º Centenário de São Paulo, o Presidente da República em exercício, Café Filho, ofereceu as duas emissoras em OM e OC para a instituição quatrocentona da Cidade e o Cardeal Motta aceitou bem. . Para receber a concessão, fundou a Sociedade Comercial Rádio 9 de Julho Ltda. Composta pelo arcebispo, quatro bispos auxiliares e dois padres. Registrada na Junta Comercial com o nº 182.647, dia 29 de julho de 1955. . A concessão da Rádio 9 de Julho à Arquidiocese de São Paulo foi feita pelo Presidente da República, Juscelino Kubitschek, através do Decreto nº 37.744 de 12 de agosto de 1955. . Após a instalação no prédio da rua Wenceslau Brás, no centro da cidade, a operação em caráter experimental, a emissora da arquidiocese entrou oficialmente no ar a 2 de março de 1956. 

Nessa inauguração, o atual diretor executivo da 9 de Julho, Francisco Paes de Barros, estava presente nos estúdios, com seus 12 anos, vendo seu pai, deputado estadual, Joaquim Fernando Paes de Barros Neto, fazer o discurso de saudação a dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta pela potente emissora. 

A 23 de maio de 1962 a ‘sociedade comercial’ se transformou na Fundação Metropolitana Paulista, mantenedora da rádio e do jornal O São Paulo, que nasceu a 25 de janeiro de 1956, como transformação do ‘Legionário’ de 1929, que substituiu ‘A Gazeta do Povo’ de 1905, 1º jornal da arquidiocese de São Paulo. . Para se tornar entidade de utilidade pública municipal, estadual e federal, em 1968, a Fundação definiu, na reunião de 8 de fevereiro de 1968, que sua finalidade, além de promover a formação do povo pelos meios de comunicação, era também, manter ‘serviços de assistência social’ para o povo em geral. 

Essa Fundação existe há 37 anos e foi a chave, o segredo, a entidade que recebeu e facilitou a devolução em 1999 da Rádio 9 de Julho. Porque sua Diretoria continuou fazendo reunião trimestral e prestando conta anual ao Ministério da Justiça (DF), Secretaria da Justiça (SP) e Curador de Fundações (SP). . A lacração dos transmissores em 1973 . A Rádio 9 de Julho cobria todo o Estado de São Paulo, Estados do Brasil, muitos países latinoamericanos e alguns países nórdicos europeus. Suas duas horas diárias de programação religiosa tinha enorme audiência e grande repercussão. Sobretudo durante o regime militar de 1964 a 1985, quando foi a voz dos sem voz, única esperança do povo, defendendo os direitos humanos, apoiando a resistência popular, clamando contra o silenciamento do Congresso, denunciando a supressão das garantias individuais, as prisões políticas arbitrárias, as torturas no cárcere, o desaparecimento de pessoas... 

O jornal arquidiocesano O São Paulo foi censurado por 10 anos (1968 – 1978). Por isso a 9 de Julho fazia autocensura, gravava a programação, não dizia mais do que podia dizer. Por isso o decreto do Governo Médici de 30 de setembro de 1973, declarando peremptas as duas Ondas OM e OC da 9 de Julho, pegou de surpresa toda a arquidiocese, criando indignação. Pois não havia motivos técnicos, fiscais ou administrativos para lacrar os transmissores pelo DENTEL a 5 de novembro de 1973. 

A mágoa dessa injustiça marcou a Arquidiocese. Por isso, nos seis primeiros dias, começou o processo para derrogar essa medida injusta, autoritária e arbitrária, sem justificativa. Só a 13 de junho de 1985, Hélio Bicudo, então presidente do Centro Santo Dias, a pedido do Cardeal Arns, entrou com processo no Ministério das Comunicações, sob o nº 29000.004461/85, pedindo a devolução da Rádio 9 de Julho de São Paulo para a Fundação Metropolitana Paulista . 

A 8 de novembro de 1985, o pais estava em nova fase de esperança democrática e o então Ministro das Comunicações, Antônio Carlos Magalhães, respondeu que era legal e tecnicamente impossível devolver a 9 de Julho. Mas que o Presidente oferecia emissora em Cotia com um kilowatt em 880 kHz, cujo sinal nem chegava a São Paulo. O Cardeal Arns mandou agradecer! . A devolução começa em 1990 . Em junho de 1990, Conferências Internacionais de Radiodifusão aprovaram normas que ampliaram a faixa de Ondas Médias de 1600 a 1700 kHz com potência de até 10 kilowatts nessa extensão. Esta subfaixa possibilitava devolver a Rádio 9 de Julho para a Arquidiocese. Por isso, a 12 de maio de 1993, quando o Presidente Itamar Franco perguntou a dom Mauro Morelli o que poderia fazer pela Igreja naquele momento e o ex-bispo auxiliar de São Paulo pediu a devolução da Rádio 9 de Julho. Cinco dias depois, a 17 de maio de 1993, o então Ministro das Comunicações, Hugo Napoleão, entregava ao Presidente da República parecer favorável sobre a devolução da Rádio. Um ano depois, a 20 de junho de 1994, o secretário para radiofreqüência no Ministério, Lourenço Chehab, enviou fax ao Vicariato da Comunicação em São Paulo solicitando duas coisas à Fundação Metropolitana Paulista. 

Pedir ao Presidente da República, 1º anular o decreto do Médici que tornou peremptas as duas Ondas da Rádio 9 de Julho e 2º justificar tecnicamente a possibilidade de dois novos canais entre 1600 e 1700 kHz em São Paulo. Dez dias depois, a 30 de junho de 1994, o Vigário de Comunicação apresentou ao Colégio Episcopal essa dupla solicitação do Ministério das Comunicações. "Essa devolução é uma questão de honra para a Arquidiocese e será grave omissão não lutar por essa possibilidade", concluíram os Bispos. . A 5 de julho de 1994, o Vicariato da Comunicação reuniu o diretor de rádio, Francisco Paes de Barros, o engenheiro eletrônico, Cláudio Victor Donato, e o advogado da Justiça e Paz, Dársio Paupério Sério, para encaminhar o duplo pedido, jurídico e técnico, ao Ministério das Comunicações. . Depois de muitas reuniões com o Conselho do Vicariato da Comunicação, a 31 de maio de 1995, o então deputado federal, Hélio Bicudo, entrou no Ministério das Comunicações com a reabertura do mesmo processo de 1985, acrescentando a dupla exigência feita à Fundação Metropolitana Paulista. 

A 5 de julho de 1996, dom Paulo Evaristo reúne em sua residência 10 comunicadores religiosos para informar a devolução da Rádio e consultar como deveria ser a nova 9 de Julho. Deve ser missionária, evangelizadora, profética, do povo e da arquidiocese, não de religiosos, disseram os participantes da reunião. . A 9 de julho de 1996, em Brasília, no Palácio do Planalto, de forma inédita, ao meio dia, com os Cardeais de São Paulo e de Brasília, Governador Covas e políticos paulistas de Brasília, CNBB e Vicariato da Comunicação, participaram daquele ato histórico. Foi solene e emocionante, em que o presidente Fernando Henrique Cardoso anulou o decreto de Médici e homologou a portaria do ministro Sérgio Motta devolvendo a 9 de Julho à Fundação Paulista na freqüência de 1600 kHz com a potência de 10 kilowatts. 

A 23 de julho de 1996, Cardeal Arns responsabilizou o Vicariato da Comunicação a encaminhar o projeto técnico e jurídico para a reconstrução da 9 de Julho. A 5 de agosto de 1996, os bispos aprovaram o local da rádio no Seminário da Freguesia do Ó. A 22 de agosto de 1996, foi contratado o engenheiro, Cláudio Victor Donato, para elaborar e executar o projeto técnico.. A 19 de setembro de 1996, os bispos aprovaram o projeto técnico e decidiram pedir aumento de potência. A 7 de outubro de 1996, Cardeal Arns pediu o aumento de 10 kW para 200 kW. A 14 de novembro de 1996, o Cardeal Arns recebeu telefonema de Brasília confirmando o aumento de 100 kw diurnos e 20 kW noturnos com algumas exigências técnicas para evitar irradiação oposta a São Paulo, porque há emissora em 1590 kHz em Cabreúva, Argentina e Uruguai. Esse aumento de potência com exigências técnicas teve portaria a 31 de janeiro de 1997 com publicação no Diário Oficial a 3 de fevereiro de 1997. Logo a seguir, no dia 21 de fevereiro de 1997, o Projeto Técnico foi protocolado no Ministério. 

A 4 de março de 1997, o engenheiro mostrou aos bispos no local da Freguesia do Ó como será o projeto da rádio, enviado a Brasília. A 14 de abril de 1997, dom Antônio Gaspar reúne com o Conselho para Assuntos Econômicos da Arquidiocese, o Vicariato da comunicação e publicitários, como Mauro Sales, para captar recursos financeiros em prol da nova rádio. A conclusão foi contratar diretor geral e diretor executivo para fazer pesquisa e projetar programação. 

A 24 de junho de 1997, dom Paulo Evaristo nomeia diretor geral da Rádio 9 de Julho, Mons. Dario Benedito Bevilacqua. A 1º de julho de 1997, Mons. Dario nomeia diretor executivo da 9 de Julho, Francisco Paes de Barros, que na década de 70 colocou a Rádio Globo em 1º lugar, na década de 80 colocou a Rádio Record os primeiros lugares e na década de 90 deixou a Rádio América no 2º lugar de audiência em São Paulo. 

Nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro de 1996, foi feita a coleta nacional para Obras Diocesanas, que deu à Rádio 100 mil reais. Muitas iniciativas e contatos foram feitos com paróquias e colégios católicos para levantar recursos para obras de terraplanagem, instalação de torres e antenas, transmissores, estúdios, sistema elétrico e de áudio digital. De 1º de outubro a 5 de dezembro de 1997 foi feita ação entre amigos com vários prêmios, como casa e carro, pela loteria federal de 13 de dezembro de 1997. 

A 22 de setembro de 1998, dom Cláudio Hummes reúne no auditório da revista Família Cristã, representantes de regiões episcopais, vicariatos, movimentos, associações, pastorais, universidades, meios e organismos católicos de comunicação, além de jornalistas e publicitários para lançar campanha pela Rádio 9 de Julho. A agência de Mauro Salles fez peças publicitárias, divulgando o logotipo da 1600 kHz e campanha para discar 0900 contribuindo com 10 reais. além do nº de conta no Bradesco para a 9 de Julho. 

Em janeiro de 1999, a Marplan fez pesquisa para definir o interesse e o perfil do público de nova rádio comercial e católica na cidade de São Paulo, definindo assim a grade de programação da emissora. A 19 de março de 1999 a Rádio 9 de Julho entrou no ar em caráter experimental, com a programação incompleta, procurando qualificar o som. O Boletim do IBOPE de junho a agosto de 1999, coloca a 9 de Julho entre as 10 emissoras AM mais ouvidas em São Paulo. Em setembro de 1999, a rádio da arquidiocese recebeu da Anatel a licença de funcionamento. Por isso, a 23 de outubro de 1999, foi solenemente reinaugurada a Rádio 9 de Julho da Fundação Metropolitana Paulista.


Fonte: 9 de Julho AM 1600

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